Otimização de dieta referência para jundiá (Rhamdia quelen)
Resumo
O trabalho teve como objetivo aperfeiçoar dietas semipurificadas através da avaliação de diferentes fontes proteicas e glicídicas, bem como, suas combinações, levando em consideração parâmetros de desempenho e metabolismo. Foram conduzidos para isto três experimentos com duração de 40 dias em sistema fechado de recirculação de água. No primeiro experimento foram avaliadas diferentes combinações entre fontes proteicas: caseína + farinha de peixe, albumina + caseína, farinha de peixe + albumina, farinha de peixe + caseína + albumina e gelatina + caseína. Os peixes do tratamento caseína + farinha de peixe apresentaram maior peso, taxa de crescimento específico (TCE), ganho de peso diário (GPD), ganho de peso relativo (GPR), eficiência alimentar (EA), taxa de eficiência proteica (TEP), coeficiente de retenção proteica, deposição de proteína e gordura corporal, e melhor conversão alimentar aparente (CAA). Os animais submetidos à caseína + farinha de peixe exibiram menor índice hepatossomático que os peixes tratados com gelatina + caseína, e menor índice de gordura celomática que os peixes do tratamento farinha de peixe + albumina. No segundo experimento foram testadas diferentes fontes de carboidrato: amido de milho, frutose, maltodextrina e sacarose. Os animais do tratamento maltodextrina apresentaram a maior atividade de protease ácida, maior atividade de quimotripsina que aqueles alimentados com frutose, e ainda maior atividade de tripsina que os tratados com amido de milho. A concentração de triglicerídeo no plasma foi superior nos animais do tratamento maltodextrina do que nos submetidos a amido de milho e sacarose. Os peixes do tratamento amido de milho exibiram a maior deposição de proteína corporal, maior coeficiente de retenção proteica que os animais tratados com sacarose e frutose, e menor composição e deposição de gordura corporal que os animais alimentados com maltodextrina. No terceiro experimento foram examinadas diferentes combinações entre fontes proteicas e glicídicas: caseína + amido de milho, caseína + frutose, farinha de peixe + amido de milho, farinha de peixe + frutose e gelatina + caseína + maltodextrina. Os peixes submetidos à farinha de peixe + amido de milho exibiram maior peso, TCE, GPD e GPR. Também foi detectada melhor CAA e maior EA e TEP nos animais dos tratamentos farinha de peixe + amido de milho e farinha de peixe + frutose. As maiores deposições de proteína e gordura corporal e o maior coeficiente de retenção proteica foram constatadas nos peixes tratados com farinha de peixe + amido de milho. A concentração de glicose circulante foi maior nos peixes submetidos à farinha de peixe + amido de milho, e os níveis plasmáticos de proteínas totais e aminoácidos livres foram superiores nos animais alimentados com farinha de peixe + amido de milho em relação aos peixes dos tratamentos farinha de peixe + frutose e caseína + frutose. Conclui-se que as combinações de caseína + farinha de peixe + maltodextrina ou caseína + farinha de peixe + amido de milho ou ainda farinha de peixe + amido de milho proporcionam aos animais adequada dinâmica metabólica e eficiência zootécnica.