Métodos de conservação da costela suína
Resumo
A costela suína é um produto "minimamente processado" por se tratar de uma carne que sofreu apenas cortes e em seguida foi embalada e refrigerada, possuindo um curto
shelf-life, que é determinado principalmente pela deterioração microbiológica. Com o objetivo de verificar a eficiência (ação antimicrobiana e antioxidante) de métodos de conservação, aplicados associados, sobre a vida de prateleira de costelas suínas, as mesmas foram aspergidas com as seguintes soluções: solução de Minerat B® (produto comercial) a 10% = T1, solução de mistura de ácidos orgânicos (1% de ácido lático, 1% de ácido cítrico, 1% de ácido acético e 0,8% de ácido ascórbico) = T2, solução de ácido lático a 1,25% = T3, solução ácida de cloreto de sódio (0,6% de ácido cítrico e 0,1% de NaCl) = T4. Uma das amostras não teve nenhuma solução aspergida, sendo considerada como controle = C. Após, as amostras foram armazenadas em embalagens contendo atmosfera modificada (CO2 69,93% + N2 29,57% + CO 0,5%) nas proporções: 2:1 (gás:carne),no primeiro ensaio
e 3:1 no segundo ensaio, e armazenadas a 5°C (± 1°C), sendo que no primeiro ensaio as amostras permaneceram, inicialmente, a 1°C (± 1°C) por uma semana. Contagens de
microrganismos aeróbios mesófilos, psirotróficos e bactérias láticas, determinação do pH e do índice de TBA e análise sensorial foram realizadas. No primeiro ensaio, o tratamento T2
obteve um melhor desempenho em reduzir o crescimento microbiológico e também a maior durabilidade (entre 21 e 24 dias), porém, no segundo ensaio, o maior efeito antimicrobiano
foi alcançado por T3, no entanto T4 teve maior durabilidade (19 dias). Em relação ao índice de TBA, todos os valores encontrados ficaram abaixo do limite mínimo para o aparecimento de características indesejáveis. Sensorialmente, no primeiro ensaio, dentre as amostras cruas T4 teve maior aceitabilidade, e dentre as assadas foi T3. No segundo ensaio, dentre as amostras cruas T2 obteve a melhor coloração e T4 o melhor odor e dentre as assadas foi T2. As amostras adquiriram uma coloração vermelho cereja brilhante que permaneceu durante e após o término das análises, não havendo indicação de deterioração, mesmo após sua ocorrência. De acordo com os resultados obtidos, pode-se dizer que os tratamentos utilizados (atmosfera modificada + aspersão com antimicrobianos) demonstraram ser eficientes na conservação de costelas suínas refrigeradas, mesmo em
diferentes graus, e não interferir negativamente nas características sensoriais das mesmas.